domingo, 12 de fevereiro de 2017



Os poemas constantes nesse blog são de autoria da escritora
- Silvia Mara -
A reprodução dos textos, é permitida desde que preservados os créditos da publicação original, não requerendo prévia autorização da autora.
Os poemas devem ser COMPARTILHADOS para a divulgação da Cultura de Umbanda.
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Arquétipo Esposa



Que hoje o amor
te seja cortejo.
Mergulhe no delta,
do bálsamo
mais profundo...
Colha na cascata
de beijos, o mel.
Que o colo
da tua dona
te acolha.
Que sejas feito
menino em seu seio
de esposa.
Que tu encontres
o verdadeiro ouro.
Que dourada seja
tua única fantasia.
Em seu ventre
a nova canção gerada.
O campo
e todos os lírios
para que te tornes
senhor do destino.
Que o casamento
seja tua única vaidade.
Tu a reconhecerás,

quando amarela.

Silvia Mara


Sendo simples



Há os que conseguem
enxergar deus
na curvatura de uma coluna,
num joelho bem dobrado,
nos braços erguidos,
nas mãos estendidas.

Silvia Mara



Pombagira



Para parecer pragmática
Passe o próximo.
Para o próximo passo
Paciência porque preciso.
Protagonizo o personagem prazer.
Pare de projetar o passado
Precioso é o problema presente.
Por puro proveito próprio.
Pense na palavra possuir.
Poemas posso parir.
Portentosa puta provocante
Provo da própria possessão.
Penetro na premissa da paixão.
Para poder principiar
Precisa precisar.
Privilégio do prepotente.
Prerrogativa do promíscuo.
Pedirás piedade por perversidade.
Pactuo teu pedido de perdão.
Posso prometer pureza.
Peço penetre a plenitude.
Pulse prudente pro prumo
Ponderando o poder pessoal.
Permita perseverar.
Para padecer de paz de pensar
Pratico povoar o pensamento.
Prossigo em prontidão
Para que pague a pena.
Pingarás o princípio precioso
Para o poema perder a pose.
Para poder prosseguir parceira

Para pacata, parar e pronto.

Silvia Mara



Tranca



Há uma chama
lampejo de ideia.
Há o sino da igreja.
Cintila na calada
teu espectro falido.
Faísca uma memória.
Teu caixão aberto.
A inadmissibilidade.
Nasce a morte.
Surge o gosto
pela escuridão.
E o catre te abraça.
O colchão aprisiona.
A ansiedade brinca de
"tenha calma".
Dança a depressão
das horas arrastadas.
Faça planos...

E serão destruídos.

Silvia Mara



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Oro Iná



Só hoje, eu queria

não te olhar torto.

Só hoje, eu queria

que Obá me deixasse.

Só hoje, eu queria

deixar a feitiçaria...

Mas só hoje.

Só hoje, eu queria

não te seduzir.

Só hoje, eu queria

que Iansã me deixasse.

Só hoje, eu queria

deixar de ser guerreira.

Mas só hoje.

Só hoje, eu queria

sentir as dores do parto.

Só hoje, eu queria

que Oxum não me deixasse.

Só hoje, eu queria

meu corpo em ouro...

Mas só hoje...

porque ninguém engana

a sua verdadeira natureza.

Kali Yê,

Egunitá!

Silvia Mara